terça-feira, 10 de julho de 2012

CAMINHOS DO ESPÍRITO


   Introdução
Nossa Vocação é essencialmente trinitária: o Pai nos chama por meio do Filho, Jesus Cristo, e ungidos pelo Espírito somos enviados à missão, isto é, o Espírito nos faz compreender a vontade daquele que nos chama para continuar na história a Obra do Senhor, na sua Igreja, e nos fortalece em todos os níveis do nosso ser, tantas vezes fragilizado, para que tenhamos as condições necessárias para portarmos avante nossa missão, de modo que o façamos tal sentindo-nos felizes e realizados.
No entanto, não basta sabermos esta verdade que encontramos na Escritura Sagrada e na Tradição eclesial. É preciso experimentá-la, sentí-la intensamente em nosso ser e em nosso agir, para que tenhamos uma interação perfeita entre ambos, não haja um hiato entre o que fazemos e o que somos.
Esta integração entre nossa Vocação\missão e nossa realidade humana, só é possível quando somos possuídos cada vez mais pelo Espírito Santo e, também, o possuímos em nosso “eu” interior. Ocorre, assim, um autêntico processo de assimilação. Sem a pretensão de alguma espécie de magia, obviamente,mas como indicamos,trata-se de um processo, de uma caminhada rumo à maturidade humana e espiritual.
Para tanto, é preciso um itinerário, uma disciplina sistematizada, que possam favorecer á recíproca integração entre a Graça divina e o nosso ser, em todas as suas dimensões e complexidade. Vejamos, dentre outras, algumas etapas desse itinerário, segundo a Escritura neotestamentària.
1.      A Igreja como “lugar” excelente de receber e crescer no Espírito Santo
É fundamental pensarmos na experiência de Pentecostes. Juntos, reunidos, em Comunidade, foi que o Senhor comunicou, de modo pleno, o Espírito aos discípulos. Foi o grande momento em que eles perceberam a vocação de ser Igreja e, fortalecidos com o Dom do Espírito, se propuseram a levar esta Graça a tantos outros. É mesmo assim! Recebemos o, Espírito do senhor na Igreja e nos tornamos instrumentos para comunicá-lo aos outros como Igreja.
            Certamente o senhor poderia ter dado o Espírito aos discípulos de modo particular ou individual, aliás, Ele já havia lho dado quando, chamou a cada um deles, nos primeiros encontros após a ressurreição... Os discípulos já tinham o Espírito Santo antes mesmo de Pentecostes. A Virgem Maria, que estava presente, já era cheia do Espírito! Foi pela ação pneumatológica (ação do Espírito) que ela concebeu Jesus no seu Ventre. Mas o que se quer evidenciar aqui é o fato de que no Pentecostes, quando estavam em verdadeira comunidade: orando,partilhando suas experiências de vida,refletindo,dialogando,amando-se... Foi que puderam receber em PLENITUDE, todos da Comunidade, o Espírito.
O texto expressa muito bem que receber o Espírito significa plenificar-se dos seus DONS. A Igreja è a Comunidade dos Carismas². Sendo nela que Deus age por excelência em nossas vidas, é justamente, por ela que nos enriquecemos das Graças e dos Dons divinos, para que os mesmos experimentados por nós sejam por nosso intermédio comunicados, aos outros nossos irmãos.
Fica assim patente que é vivendo bem a nossa vocação, que podemos atrair outras pessoas para o Senhor e sua Igreja, se vivemos e desempenhamos bem nossa missão e isto significa, em primeira instância, acolhermos com disponibilidade, discernimento e autenticidade, os Carismas do Espírito em nós, pois Ele é o protagonista de toda vocação e missão eclesiais.
                                                                                     
                                                                                                   Pe.Manoel Barbosa Santos
                                                                                                             pároco

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