segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A necessidade relativa de saúde corporal para a saúde espiritual

       Pe.Manoel Barbosa Santos
Vigário Episcopal e Pároco de São José
Uma vida salutar e feliz em paz e comunhão com os semelhantes, a natureza, o cosmos e o Criador é, seguramente, o primeiro segredo para uma vida espiritual bem desenvolvida, robusta e saudável. O vínculo entre corpo e espírito é um dado que se pode encontrar em praticamente todos os estudiosos modernos das ciências humanas. Também a Sagrada Escritura, plena da cultura hebraica, apresenta o homem como uma unidade perfeita, isto é, sem dualismo ou divisão entre a realidade corporal e a realidade espiritual. Temos diversos textos do Antigo e do Novo Testamentos que atestam isso, vamos aqui citar apenas alguns: Rm 6,12; 1 Cor 6,19;3,17; Ef 5,30;Gl 5,19; Fl 3,21;Gn 1,20;46,27;Am 6,8.
Na verdade, nosso corpo é tão aglutinado ao nosso “eu interior”, que entra em sua esfera de identidade e comunicabilidade, de modo que os grandes fenomenologistas, em geral, dizem que temos a percepção não somente de “ter” um corpo, mas de “ser” o nosso corpo. Nesse sentido, se pode compreender a perspectiva social do corpo humano: a sociedade, mediante os diversos valores culturais, influi sobre a sua conservação, sobre sua apresentação, suas expressões afetivas, etc. A educação é, para boa parte, a interação desses valores segundo as exigências da sociedade na qual vivemos.
Exige, pois, uma total dependência dos processos físicos, emocionais e ambientais. A mente, o corpo e os sentidos, devem funcionar além de suas próprias capacidades, com aumento constante de tensão, para uma, digamos assim, coordenação de tudo isso. Quando não ocorre tal coordenação ou se ocorre inadequadamente, surge o “stress” permanente que tem efeitos destrutivos, gerando algumas patologias psicossomáticas.

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